sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dando uma olhada no arquivo de coisas já postadas no blog, fiquei na dúvida se esse poema já tinha sido postado ou não. Bem, na dúvida, la vai:

BALANÇO DE VIDA
Nunca fui professor, mestre ou doutor.
Nem chefe, diretor, presidente.

Nunca inclui, nem exclui.

Nunca entrei num lugar que soubessem,
de ante-mão, quem sou.

(Como o velho Groucho,
nunca entrei pra clubes
que me quisessem como sócio).

Não freqüentei patotas,
não participei de rodinhas,
nem disse-me-disses por aí.
Nunca pontifiquei sobre o que sei,
ou não sei.

Na maior parte do tempo,
vivi pelo avesso.
Entrei pela contra-mão.

(Em tempo:
Nunca fui perfeito.
Me embaralhei, confundi, atrapalhei.
E resmunguei muito por aí).

Não me arrependo do que fui e fiz:
fui como sei.
fiz como sou.

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