terça-feira, 8 de maio de 2012


O SAGRADO
Sim, o sagrado taqui.
Ta no bafo do irracional.
Ta na moita rasteira que destapa o sapo.
Ta na sola insensata que trava o grilo.
Sim, o sagrado taqui.
Ta no protesto do nascido.
Ta na frieza do ido.
Ta no susto do interrompido.
Sim, o sagrado taqui.
Ta no sonho estremecido do cão.
Ta no bigode do gato.

Sim, o sagrado taqui:
Ta no afetivo.

REFLEXÃO OCIOSA.
- Manter um blog é manter em dia a sua própria solidão.
- Nem sempre os caminhos que levam à Deus passam pelas religiões. 
O BUDA SENTADO MEDITANDO.
Acho que há um erro, um equívoco de interpretação nessas imagens corriqueiras do Buda sentado meditando. A pergunta é: será que essas representações do Buda sentado meditando realmente representam o Buda? Ora, pense bem: o Buda sentado meditando ainda não é o Buda, do contrário, não precisaria mais estar sentado meditando. Certo? Logo, o que vemos nessas imagens não é o Buda sentado meditando, mas Sidarta Gautama meditando para se tornar o Buda.
Desconfio que os budistas estejam reverenciando a pessoa errada. 


PERPLEXIDADE!
Sim, é possível que além do humano - Isso - que chamamos vida - tenha significados que nos são, por insondáveis razões, ocultos. É igualmente possível que - Isso - que chamamos mistério - não tenha significado algum.
A resposta, então, é:
- Não sabemos!
A pergunta é irrelevante diante do que - Isso - é:
Isso, vida e mistério já são a resposta que se busca fora d’Isso.
Fora da temporalidade, há algo na consciência que a ultrapassa.
É - Isso -, que significa: além d’Isso, nada sabemos.
E é bom que não saibamos, para que mistério e vida - Isso - permaneçam, imensos a nos indagarem e conduzirem. E é bom que não saibamos para que continuemos sendo vida e mistério, ponto de partida e chegada. Para onde?
- Não sabemos!
- Não há respostas!

Isso, somos! Ah, uma vida plena, em torno de (suas) perplexidades.

No mais... viver com graça - com estilo, diria Bukowski -, anônimo e disponível (disponível significa: sem intenção).
Viver com estilo, ataraxia, essa estranha e bela palavra que os antigos gregos inventaram: estado interior dos que vivem sem perturbações da alma, curados da vida, da alma, de si:
Da alma, através do Zen.
Da vida, através da filosofia.
Do real, através do humor.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012


REFLEXÕES OCIOSAS.
Não permita que seu estado de espírito geral,
seja diferente de seu estado de espírito cotidiano.
Seja-si.

Se pudéssemos ver a natureza tal qual é, ficaríamos loucos, disse William Blake. Já Eric Fromm diz que a verdadeira questão não é sabermos porque alguns de nós enlouquece, mas porque não enlouquecemos todos.
Faz sentido, nénão?

PREFERÊNCIA.
O que gosto nas mulheres
é o cheiro.
E uma certa barriguinha...
proeminente.

MEDITAÇÃO ZEN.
Relaxamento despreocupado.
Atenção concentrada.

BUSCAR O ZEN.
É como buscar o boi,
montado no boi.

SABEDORIAS PROFANAS.
- “O meu abismo fala (...) Disse a minha palavra, e me despedaço”. F. Nietzsche.

- O que sabemos é gota. O que não sabemos é oceano. I. Newton.
É gozado, já tinha dito mais ou menos isso no post anterior. Certa feita, disse que não era ateu por convicção, mas por instinto. Depois, soube que Nietzsche tinha dito mais ou menos a mesma coisa. De outra feita, escrevendo sobre o zen, criei o termo “Iluminação Profana”. Depois, soube que Walther Benjamin já havia utilizado o mesmo termo num de seus escritos.
É, as vezes sinto que, não importa o que pense, alguém já terá pensado antes de mim...

NIETZSCHE.
- Um Gênio sofrendo de enxaquecas...
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