Sim, o sagrado é o que roça, fuça, pica e
enrosca; é o que pinga, escorre e derrete; é o que ri, cheira e chora; chia,
pia, mia; É o que range e o que rosna; escurece e clareia; esquenta e esfria; é
o seco e o molhado; o que sopra, venta e balança; é o que anda, corre e o que
hesita; é o bico, o rabo e o chifre; a garra, o casco e a pata; é a escama, o
pelo e a pena; o que tem cheiro, sabor e cor; no alto, é o que sobe e pula, no
baixo, o que se arrasta e enrosca; é o que nasce, cresce, divaga e sonha; o que
mama, berra e se aninha; é o que cresce, o que goza e o que agoniza; é o que
mata e o que morre; o forte e o fraco; é o que come e é comido; o cru e o
cozido; é o frio e o quente; pra cima, o que brota, pra baixo, o que desce; é
azul profundo, intenso branco, tranquilo verde; é o que se vê e o que se sente;
o que se aprende e o que não se sabe. É isso ou esse, aquele, aquela e aquilo.
O sagrado somos eu e você.
O Sagrado somos eu e você. Meu poeta querido.
ResponderExcluirlindo padrinho... emocionei!
ResponderExcluir